A prisão política do jovem militante Bruno Torres, do grupo Unidade Vermelha, durante o último protesto pelo “Passe Livre e contra a Repressão do Governo Eduardo Campos”, serviu não apenas para reforçar a tese de que, de fato, há uma sistemática criminalização dos movimentos sociais em nosso Estado, mas, também, para que o jovem estudante de História tivesse contato com a realidade do cárcere em um Sistema Prisional que é tido como o pior do Brasil e um dos piores do mundo.
Ontem saiu uma matéria no Jornal do Comércio sobre as expectativas em relação ao projeto Novo Recife: três moradores do Coque e dos Coelhos defendem o projeto e a matéria se posiciona como se estivesse falando em nome das comunidades inteiras. Além de não dar voz aos ditos “movimentos sociais” contrários ao Novo Recife, a matéria também deixa de mencionar que, entre esses movimentos, incluem-se também associações das próprias comunidades referidas.
Durante a madrugada deste sábado a sede estadual do PSB em Porto Alegre foi atacada e sofreu um princípio de incêndio. Junto as chamas esse bilhete foi encontrado:
Eu e meu amigo chegamos na praça do Derby pouco depois das 16h, atravessamos a praça e ainda ali percebemos uma quantidade EXORBITANTE de policiais, BPChoque, PM, ROCRAP, ROCAM e GATI, todos posicionados após a ponte que liga a Agamenon com a Conde da Boa Assim que chegamos na faixa que estava bloqueada pelos
Apesar da ação truculenta de orientação totalitária da Policia Militar de Pernambuco a resistência popular se impôs nas ruas de A manifestação não deu nem os primeiros passos e a polícia começou a fazer prisões arbitrárias, atirar balas de borracha e bombas de efeito moral nas pessoas, ainda no Durante esse corre-corre forçado
Um confronto entre manifestantes e policiais tumultuou a concentração da Operação Sete de Setembro na tarde deste sábado, Dia da Independência (7). Segundo as primeiras informações, a confusão começou quando um dos participantes do protesto se recusou a ser revistado pelos agentes ao chegar na Praça do Derby, na área central do Recife.
A polícia interveio e o rapaz foi detido logo após a recusa. Ao menos quatro manifestantes, de nomes e idades não revelados, também foram levados, mas ainda não se sabe por quais motivos. Todos foram encaminhados para a Delegacia de Plantão de Santo Amaro, no Centro. Entre eles, um menor, que após ser levado para a DP de Santo Amaro, foi conduzido à GPCA (Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Algumas pessoas que estavam no momento das prisões reclamaram da ação policial e terminaram sendo atingidas por spray de pimenta lançado pelos policiais. Para dispersar os manifestantes – em um grupo com cerca de 300 pessoas -, os policiais também dispararam balas de borracha e bombas de efeito moral, próximo ao cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães com a Avenida Governador Carlos de Lima Cavalcanti.
A partir de então, o grupo passou a seguir pelas calçadas da Agamenon Magalhães, no sentido Recife-Olinda. À reportagem do NE10, alguns afirmaram que deveriam seguir para a delegacia de Santo Amaro, para onde foram levados os manifestantes detidos pela polícia. Outros alegaram que iriam voltar a se reagrupar e ocupariam algum cruzamento da Agamenon Magalhães. Todos estão sendo acompanhados de perto por equipes do Batalhão de Choque da PM.
Três integrantes do grupo Resistência Pernambucana foram surpreendidos pela polícia na altura da Clínica de Fraturas, na Rua Fernandes Vieira, e obrigados a seguirem com os agentes para a delegacia. O trio protestou contra a medida, afirmando que não havia nenhuma acusação contra eles. O sargento Aldemir, da Rádio Patrulha, afirmou à reportagem que realmente não havia nenhuma acusação, mas que a equipe havia recebido ordens superiores para levar o grupo.
“Isso não é sem-vergonhice. Sem-vergonhice é o que nossos políticos estão fazendo conosco. Estamos dentro da legalidade fazendo um protesto previsto na Constituição”, disse o servidor público Henrique (não quis informar o sobrenome). Ele foi um dos poucos – mais precisamente oito – ciclistas que, até as 10h, estavam na concentração do polêmico “protesto dos pelados” na Rua da Aurora, bairro de Santo Amaro, Recife. De lá, eles pedalaram até o manifesto do Grito dos Excluídos e, no Marco Zero, encerraram o ato.
Os que compareceram – não propriamente nus, mas trajando roupas íntimas ou de banho – culparam o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, de inibir outras 400 pessoas que, pela internet, haviam confirmado presença no evento. “Se ele quer prender quem fica seminu deveria ir à praia de Boa Viagem”, bravou o estudante Davi Holanda. Curiosos e imprensa representavam a maior parte do público presente ao lado do monumento Tortura Nunca Mais.
O Ministério Público de Pernambuco também havia alertado para a detenção de quem estivesse nu em locais públicos. “Não se trata de ameaça, mas vamos estar vigilantes. Está no código penal, é crime”, afirmou o procurador criminal José Lopes Filho na Rádio JC News.
O objetivo do ato, segundo foi anunciado na página do grupo do Facebook, é “problematizar a moral e a legalidade”. O debate é baseado no questionamento dos manifestantes sobre os tabus com uma imoralidade da nudez, afirmando que é mais imoral, por exemplo, a corrupção na política.
Duas adolescentes menores de idade prestaram queixa de tortura contra policiais do GATI, segundo elas os policiais suspeitavam que seu irmão estivesse envolvido com tráfico de drogas e revistaram as duas meninas.Não encontraram nada com elas e as levaram para um beco na comunidade onde começaram a tortura. Usaram as novas armas recebidas pelo governo do estado e deram choques elétricos, agressões físicas, tortura psicológica e despiram uma das meninas deixando-a apenas de calcinha e sutiã sem parar de dar choques.
No vídeos abaixo aparece o depoimento da mãe e das garotas sobre o ocorrido, elas prestaram queixa na corregedoria mas ainda estão muito inseguras por conta das ameaças feitas pelos policiais.
Na noite de ontem, em frente ao hospital Pedro II no centro do Recife, moradores e moradoras dos Coelhos queimaram pneus e entulhos para protestar contra a prisão de um jovem de 16 anos. Segundo algumas pessoas da comunidade a polícia agiu com muita agressividade e alegou que o adolescente estava com uma pequena quantidade de droga, no entanto rebateram que ele não era nem usuário nem traficante.
“Em cada morro uma história diferente, que a polícia mata gente inocente!”
Desde os obscuros acontecimentos, tivemos notícia do reaparecimento de dois militantes sequestrados por policiais à paisana, tendo os mesmos sofrido retaliações e torturas devido à suposta ligação com os grupos Black Bloc e Anonymous. Ambos apresentavam marcas das agressões em maior ou menor grau.
Do ocorrido, pouco ou nada se soube através da mídia corporativa e “autoridades”. Os absurdos casos de sequestros, as ameaças através de ligações e intimidação de policiais em escolas, foram noticiados e divulgados primariamente pelo boca-a-boca e/ou através do conhecimento de envolvidxs diretxs.