A prisão política do jovem militante Bruno Torres, do grupo Unidade Vermelha, durante o último protesto pelo “Passe Livre e contra a Repressão do Governo Eduardo Campos”, serviu não apenas para reforçar a tese de que, de fato, há uma sistemática criminalização dos movimentos sociais em nosso Estado, mas, também, para que o jovem estudante de História tivesse contato com a realidade do cárcere em um Sistema Prisional que é tido como o pior do Brasil e um dos piores do mundo.
Ontem saiu uma matéria no Jornal do Comércio sobre as expectativas em relação ao projeto Novo Recife: três moradores do Coque e dos Coelhos defendem o projeto e a matéria se posiciona como se estivesse falando em nome das comunidades inteiras. Além de não dar voz aos ditos “movimentos sociais” contrários ao Novo Recife, a matéria também deixa de mencionar que, entre esses movimentos, incluem-se também associações das próprias comunidades referidas.
Durante a madrugada deste sábado a sede estadual do PSB em Porto Alegre foi atacada e sofreu um princípio de incêndio. Junto as chamas esse bilhete foi encontrado:
Eu e meu amigo chegamos na praça do Derby pouco depois das 16h, atravessamos a praça e ainda ali percebemos uma quantidade EXORBITANTE de policiais, BPChoque, PM, ROCRAP, ROCAM e GATI, todos posicionados após a ponte que liga a Agamenon com a Conde da Boa Assim que chegamos na faixa que estava bloqueada pelos
Apesar da ação truculenta de orientação totalitária da Policia Militar de Pernambuco a resistência popular se impôs nas ruas de A manifestação não deu nem os primeiros passos e a polícia começou a fazer prisões arbitrárias, atirar balas de borracha e bombas de efeito moral nas pessoas, ainda no Durante esse corre-corre forçado
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desistiram de realizar uma caminhada, na manhã desta quarta-feira (28), em direção ao Centro de Convenções, em Olinda, sede provisória do Governo. Cerca de 300 integrantes de famílias resolveram ficar acampados na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no bairro dos Aflitos, na Zona Norte do Recife. Desde a última terça-feira (27) os manifestantes estão no local.
O objetivo dos manifestantes era conversar com o superintendente do Incra sobre a reforma agrária, mas, até o momento, eles não foram atendidos. No início desta manhã, o trânsito ficou complicado na avenida Rosa e Silva. Os integrantes do MST realizaram um protesto que interditou a avenida, no cruzamento com a rua Conselheiro Portela, formando um grande engarrafamento. Agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estiveram no local, organizando o tráfego de veículos. Homens do Corpo de Bombeiros também foram acionados. Por volta das 7h40, o trânsito foi liberado.
Cerca de 400 integrantes da Organização de Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco bloquearam, na manhã desta quarta (28), a Avenida Antônio de Goes, no Pina, Zona Sul do Recife. A mobilização faz parte do Fórum Nacional da Reforma Urbana, que acontece em todo o País, e apoia a pauta estudantil do Passe Livre. Eles atearam fogo em objetos para fechar a via, no sentido Boa Viagem-área central da capital.
De acordo com um dos integrantes do movimento, Paulo André de Araújo, centenas de pessoas se reuniram em frente à Superintendência do Patrimônio da União (SPU) em Pernambuco, no Pina. Eles exigem terrenos para construção de moradias populares. “A Caixa Econômica Federal tem a verba para construir pelo Minha Casa, Minha Vida, mas esbarramos com a falta de terreno”, alegou.
O grupo quer entregar uma pauta de reivindicações ao governo de Pernambuco, que envolve sugestões de mudanças na política habitacional do estado e reivindica regularização fundiária, implementação de projetos de sustentabilidade, melhorias na mobilidade e reforma urbana.
Integrantes do MST ocuparam o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Zona Norte do Recife, para pedir agilidade na reforma agrária. Os manifestantes chegaram ao local na tarde de terça (27) e planejam sair em passeata pelas ruas da capital, na manhã desta quarta (28), até o Centro de Convenções de Pernambuco, sede provisória do governo estadual.
De acordo com um integrante do movimento social Via do Trabalho, Rômulo Soares, ninguém apareceu no local para dialogar com eles. Ele acrescentou que cerca de 300 famílias passaram a noite na sede do Incra.
“Estamos em estado de abandono há 13 anos, aguardando uma oportunidade para ser assentados. Estamos completamente excluídos pelo governo na reforma agrária”, protestou Soares. O grupo reivindica a reapropriação de terras e o abastecimento dos acampamentos com água e alimentação.
Moradoras e moradores da Comunidade da Horta, ao lado da Av. Recife, fecharam a Avenida Recife nesta segunda pela manhã – na altura do hospital da mulher – em protesto contra o descaso do poder público. Há três meses um buraco gigantesco acumula água, alagando ruas da comunidade e levando perigo de doenças, além de prejudicar a passagem de carros, caminhões e carretas, que diariamente passam por ali – a via é uma alça de retorno da BR para a Av. Recife. Elxs exigiam providência do DNIT, de onde há muito esperam resposta.
A reinvidicação foi atentida com a promessa da drenagem da água acumulada.
Vem sendo ventilada a remoção de parte da comunidade para o alargamento da via sem que haja planos para novas moradias, o que provavelmente tem ligação com o descaso apontado.
Mais um caso em que se pretende privilegiar a mobilidade de uns, em detrimento da moradia de outros.
Rádio LAMA, 88.1 FM, por uma Comunicação Livre e Popular!
Desde quarta-feira, quando houve uma radicalização da luta pelo passe-livre, os protestos de rua se intensificaram. Enquanto a imprensa pedia repressão, lembremos das capas da Folha de Pernambuco e do Diário de Pernambuco, o governo mandava reprimir, chegando ao ponto do secretário de Defesa Social proibir ilegalmente o uso de máscaras e afirmar que a repressão só tende a aumentar. E, por fim, a polícia executa as ordens, sejam legais ou ilegais.
Já na sexta-feira ocorreram uma série de protestos na avenida presidente Kennedy em Olinda, a tropa de Choque foi acionada e agiu brutalmente. Algumas crianças que protestavam contra a paralisação de obras na escola foram agredidas pela PM e ainda houveram outras pessoas detidas e feridas. Na surdina um integrante do Resistência Pernambucana foi sequestrado e torturado por agentes a paisana da polícia e outro manifestante está desaparecido desde sexta-feira depois que a polícia foi em sua casa. Pode ser que outras pessoas estejam desaparecidas mas as notícias estão desencontradas.
O fogo da rebeldia queimou nos dois sentidos da BR-101 hoje pela manhã em Jardim São Paulo. A comunidade reivindica a reforma dos buracos nas ruas. Também no centro do Recife uma rua foi interditada com uma barricada de fogo no início da manhã por conta das dificuldades no cadastramento do bolsa-família. Ainda circulam algumas informações no facebook de um protesto marcado para hoje às 16:00 no Terminal integrado de Xambá. Quanto maior a repressão, maior será a resistência.